O SACI, também conhecido como saci-pererê, saci-cererê, matimpererê, matita perê, saci-saçurá e saci-trique, é um personagem bastante conhecido do folclore brasileiro. Tem sua origem presumida entre os indígenas da Região das Missões, no Sul do país, de onde teria se espalhado por todo o território brasileiro.
A figura do saci surge como um ser maléfico, como somente brincalhão ou como gracioso, conforme as versões comuns ao sul.
Na Região Norte do Brasil, a mitologia africana o transformou em um negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje.
Jaci Jaterê, é o quarto dos sete monstros lendários, é o deus da sesta, o tradicional descanso ao meio dia das culturas latino-americanas. Ele também é considerado o senhor da erva-mate.
É o unico dos irmãos que não possui uma aparência monstruosa, sendo muitas vezes descrito como um homem ou criança de pequena com cabelo muito leve e loiro e olhos azuls. Sua aparência é muitas vezes descrita como bela ou encantadora. Ele está sempre carregando um bastão ou cajado mágico.
Por ser considerado o senhor da sesta, é dito que o Jaci Jaterê percorre as vilas atrás de crianças desobedientes que não descansam durante a sesta. Embora naturalmente invisível, ele se mostra para essas crianças e usando seu cajado coloca-as em transe para então levar-las consigo. Existem duas versões para o que acontece com essas crianças levadas, elas são:
A primeira, diz que elas são levadas para um local secreto na floresta, onde brincam até o fim da sesta e depois recebem um beijo mágico que as devolve para suas camas, sem memória da experiência.
A segunda, também diz que elas são levadas para um local secreto na floresta, mas ao invés de brincarem, elas são torturadas e mortas pelo Jaci Jaterê. Em outras versões ainda é dito que elas são levadas para seu irmão Ao Ao que é um canibal.
O poder de Jaci vem de seu cajado portanto, segundo a lenda, se alguém for capaz de tirar seu cajado, ele então se joga no chão e chora como uma criança pequena. Neste estado, se alguém perguntar sobre seus tesouros escondidos, recebe uma recompensa.
Herdou também, da cultura africana, o pito, uma espécie de cachimbo e, da mitologia europeia, herdou o píleo, um gorrinho vermelho usado pelo lendário trasgo.
Trasgo é um ser encantado do folclore do norte de Portugal, especialmente da região de Trás-os-Montes. Rebeldes, de pequena estatura, os trasgos usam gorros vermelhos e possuem poderes sobrenaturais.
Saci" é oriundo do termo tupi Sa'si. "Matimpererê" é oriundo do termo tupi matintape're.
O saci é um negro jovem de uma perna só, portador de uma carapuça sobre a cabeça que lhe concede poderes mágicos. Sobre este último caractere, é de notar-se que, já na mitologia romana, registrava Petrônio, no Satiricon, cujo píleo conferia poderes ao íncubo e recompensas a quem o capturasse.
Considerado uma figura brincalhona, que se diverte com os animais e pessoas, fazendo pequenas travessuras que criam dificuldades domésticas, ou assustando viajantes noturnos com seus assovios – bastante agudos e impossíveis de serem localizados.
Assim é que faz tranças nos cabelos dos animais, depois de deixá-los cansados com correrias; atrapalha o trabalho das cozinheiras, fazendo-as queimar as comidas, ou ainda, colocando sal nos recipientes de açúcar ou vice-versa; ou aos viajantes se perderem nas estradas.
O mito existe pelo menos desde o fim do século XVIII ou começo do XIX.
A função desta "divindade" era o controle, sabedoria, e manuseios de tudo que estava relacionado às plantas medicinais, como guardião das sabedorias e técnicas de preparo e uso de chá, beberagens e outros medicamentos feitos a partir de plantas.
Como suas qualidades eram as da farmacopeia, também era atribuído, a ele, o domínio das matas onde guardava estas ervas sagradas, e costumava confundir as pessoas que não pediam a ele a autorização para a coleta destas ervas.